quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tecla 3 ou as novas deficiências

Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.
“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
“Diabético” é quem não consegue ser doce.
“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer.

Mário Quintana



Idiota, asno, tonto, sonso, imbecil, otário, trouxa, não é o que nasceu com QI abaixo de 70, mas é o que pensa que tem sempre amanhã para dizer o que deve ser dito a quem espera que lhe seja dito. É o que adia a palavra porque precisa de pensar mais nela ou porque não tem coragem para falar.

Estúpido, burro, cepo, estulto, lerdo, néscio, obtuso, não é o desprovido de inteligência, não é o que não assistiu à distribuição de miolos e também não é uma questão de QI, mas de diarreia mental, súbita ou crónica. É o que permanece no buraco onde caiu, para onde se atirou ou para onde o atiraram, e fica à espera que alguém o vá salvar ou que lhe deitem terra para cima, numa auto-destruição consciente ou inconsciente.

Parvo, disparatado, inepto, palerma, paspalho, pateta não é o que faz figura de tolo para cumprir um ideal ou correr atrás dum sonho, mas o que se senta e deixa o momento passar com medo do juízo e intolerância dos outros, na maioria das vezes tão ou mais parvos do que ele.

Palhaço não é somente o que faz rir os outros, mas o que se esconde atrás das máscaras da vida, pretendendo ser outro e esquecendo-se de quem é, não para enganar os outros mas a si próprio.

Bruto, animal, bárbaro, besta, rude, selvagem é o que não sabe que o amor e a amizade abrem mais portas que todos os músculos do seu corpo.

Maluco, mentecapto, louco é o que acha que para encontrar o sol tem que ignorar todas as estrelas.

Forreta, avarento, sovina, mesquinho, unhas de fome, pão-duro é o que tem braços e não sabe distribuir um abraço por quem precisa, ou mesmo por aqueles que não precisam, mas que o amam e que ele ama, dar a mão a quem anda perdido ou caído no chão.

Pobres de espírito não são os que, pobres ou ricos, têm o espírito desprendido das riquezas materiais. São os que, espiritualmente vazios, tentam colmatar essa lacuna com a arrogância e o orgulho. A esses, já não lhes basta o reino dos céus, ignoram gurus e profetas, mas já fizeram deles o reino da terra e arredores. São os que acham que nasceram naturalmente com o rabo virado para a lua e que tudo lhes é devido, que esperam que toda a gente estenda a passadeira vermelha à sua passagem e lhes preste vassalagem, que o mundo há-de parar para eles saírem no próximo planeta, de tão aliens que são. Infelizes, estes pobres de espírito, pois não há antídoto para a disenteria que lhes toldou o discernimento!

Ainda há os cegos, os mudos, os surdos e os paralíticos que Mário Quintana tão bem definiu e cuja deficiência nada tem de físico… Infelizes todos e pobres de nós que tropeçamos neles a toda a hora. Haja paciência, que a tolerância para estas novas deficiências está-se a acabar.

domingo, 21 de novembro de 2010

Matemática, ou o bater de asas da borboleta

…/…
Te amo, sem refletir, inconscientemente
irresponsavelmente, espontaneamente
involuntariamente, por instinto
por impulso, irracionalmente
de facto não tenho argumentos lógicos
nem sequer improvisados
para fundamentar este amor que sinto por ti
que surgiu misteriosamente do nada
que não resolveu magicamente nada
e que milagrosamente, pouco a pouco, com pouco e nada,
melhorou o pior de mim.
Te amo
Te amo com um corpo que não pensa
com um coração que não raciocina
com uma cabeça que não coordena.
Te amo incompreensivelmente
sem perguntar-me porque te amo
sem importar-me porque te amo
sem questionar-me porque te amo
Te amo
simplesmente porque te amo
eu mesmo não sei porque te amo...

Pablo Neruda
Te amo


Hoje apetece me falar de matemática. Daquela equação das nossas vidas que surge, invariavelmente com varias incógnitas, que muitas vezes não conseguimos resolver, por mais experientes matemáticos que sejamos. Pior, a que muitas vezes voltamos costas. Desistimos. Por medo. Pois é isso mesmo. Estou a falar de amor. E do desamor a que o votamos. Do amor que nos apanha numa esquina da vida, desprevenidos, desprotegidos e tão alheados como um recém-nascido. E o nosso caminho, ao invés de chegar a um fim, tem um recomeço.

Falo do amor que surge assim quando menos esperamos e nos vem testar como seres humanos, abalar os nossos alicerces e as nossas crenças instaladas, o nosso solitário comodismo, os nossos hábitos entranhados e poeirentos. O amor que vem testar a nossa capacidade de sermos felizes. De evoluir. De mudar de agulhas. De nos tornarmos melhores. Para nós e para os outros. Parece tão fácil...

Eu disse fácil? Pois não é. Esperem p'ra ver, quando um amor chocar convosco na próxima esquina da vida. Quando o amor nos bate á porta, começamos a acartar tijolos. Tijolos, isso mesmo. Para construirmos um muro bem grande entre nós e quem nos veio desassossegar. Pior ainda, é quando os tijolos são colocados á volta do coração, e tentamos nos esquecer que ele existe. Ao mesmo tempo, a cabeça vai-se impondo, de mansinho, como quem não quer a coisa, subrepticiamente, e arranjar mil e um estratagemas para nos acender uma luzinha vermelha de perigo bem á frente do nariz para nos obrigar a arrepiar caminho. Vamos boicotando o coração sem darmos por isso. Porquê? Para quê? Por que raio é que perdemos tempo a tentar tirar da cabeça o que não pode sair do coração? Não há garantias de que dê certo. Pois não há. Mas isso acontece em todas as áreas da nossa vida.

A vida é um circo, mas nós trabalhamos sem rede. Sejamos os palhaços ou os espectadores, os domadores ou até mesmo as feras, nenhum de nós pode ter garantias do que quer que seja. E quem as quer? Se pudéssemos saber de antemão tudo o que nos aconteceria no instante a seguir nas nossas vidas, isso teria alguma graça? As escolhas é que são sempre nossas, mas a escolha deve seguir o coração, que certamente conseguimos ouvir mesmo através dos tijolos, tal é o seu poder. E a coragem é nossa, de o seguir, de escolher. Cumprindo os nossos sonhos, sem impedir o sonhos dos outros. Porque o amor também é liberdade. Como diria o poeta Quintana: "Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela." Grande verdade, com muitas interpretações. Cada um que escolha a sua. Penso que o que o poeta quis dizer é que precisamos de alguém que venha para nós, de mãos vazias mas de coração cheio. Que esteja bem consigo mesmo, de vida arrumada para ter lugar para outra pessoa, sem desesperos e procuras errantes e que tenha deixado o passado para trás.

Porém, muitas vezes, quando as almas se encontram, ou não se reconhecem ou não têm a coragem de mudar a sua vida de forma a acolher aquele amor, com medo de ser uma passagem, uma ilusão. Segundo uma teoria popular, daquelas que a inteligência humana prontamente cria para explicar os grandes fenómenos científicos a leigos, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão ou qualquer outra catástrofe do outro lado do mundo. Obviamente é uma alegoria que tenta explicar as condições iniciais da teoria do caos.

O amor é caos. E às vezes tão imprevisível! Mas as maiores variáveis afinal somos nós que as introduzimos, só para complicar a equação. E depois, ainda há aquelas borboletas que escondemos na barriga e que quando alguém as espanta, batem as asas sobre o nosso umbigo, provocando um friozinho no corpo, um arrepio pela espinha acima, um galopar apressado do coração e claro, os efeitos aleatórios que antecedem uma explosão de paixão entre dois amantes. Isto também é a teoria do caos... Por isso nós fugimos tanto. O facto, é que a vida nos marca encontros, ainda que isto possa parecer de alguma forma o destino ou a manipulação de Deus, ou outra qualquer força esotérica, trata-se indubitavelmente de uma conspiração do universo entrelaçando os seus caminhos para que duas rotas se cruzem. Uma sofisticada equação matemática, ou física, ou o chamado efeito borboleta, em que as asas do universo batem, e há uma colisão entre dois seres algures...

Não é a gravidade da terra que nos faz apaixonar. é a lei da gravidade das almas que nos faz cair dentro dos olhos do outro e mergulhar fundo na sua alma e coraçao. Quando isso acontecer, não estejam à espera do momento ideal ou que o outro dê o primeiro passo para manifestar esse amor. O tempo certo é quando piscamos os olhos de alegria , quando as pernas tremem como se bebessemos champanhe e quando o coraçao desata a cavalgar mais depressa na presença do ser amado.
 
"O amanhã nunca morre, de facto, mas lembremo-nos de que o amanhã pode nunca chegar. (PW)"

Estação da Perda

"Do not run through life
so fast that you forget
not only where you have been
but also where your are going
.../..."

Pravsworld

Temos alturas na vida em que parece que caminhamos sob o sol, outras em que supostamente há uma nuvem privativa sobre a nossa cabeça (qual desenho animado) e que em qualquer momento vai chover e trovejar em cima de nós, (só de nós!).

Temos momentos em que talvez nos apetecesse virar bela adormecida (Hélas! Sem príncipe nem sapo que nos contente!) e ficar assim durante o tempo necessário para que tudo o que nos causa dor passe, e outros ainda em que nos apetece deixar de existir. Ter uma vara de aveleira, sacudir, fazer puuuff e desvanecer no ar.

Que devemos fazer nestas alturas, em que a comichão nos ataca a alma e a raiva nos corrói o coração? Em que somos nós contra o Mundo e todo o mundo? Fugir para outro país? Não chega, é perto. Mandar parar a Terra porque queremos descer? Desiludam-se, o mundo não pára por ninguém, nem dá prioridade a quem pensa que é a sua maior atracção. Comer até rebentar de gases? Incómodo, ruidoso e doloroso. Serrar o vizinho ao meio com a faca de cortar pão? Sangrento. Sair para a rua e dar um estalo no primeiro que aparecer com uma cara que não gostamos, em especial os que nos parecem felizes? Ou ser generosamente pérfido e distribuir pontapés a eito? Pode ter consequências perversas no reverso da medalha. Com a nossa sorte do momento, ainda nos sai um 3º dan em artes marciais. Mas apetece às vezes, não apetece? Começar uma discussão com alguém de quem gostamos? Não, não é para embirrar, é só para nos sentirmos vivos e confirmar que ainda há alguém que nos ouve e nos liga. Arrepelar cabelos de qualquer sítio do corpo? E pegar fogo no mundo, nunca vos apeteceu?

De vez em quando erramos o comboio e saímos na estação da perda. E voltar a sair de lá é que é o diabo. Dói que se farta. Não são apenas dores. É crescimento. E crescer, toda a gente sabe, dói imenso. Medimos a vida em dias, meses, anos… Mas a alma às vezes tem pressa e quer tudo já. Ontem, já era tarde. Por isso nos enganamos na estação.

Mas, porque é que medimos o tempo? Porque é que a matemática da nossa vida se limita a contar anos, nãos, fracassos, desamores, traições, infelicidades, pernas e cabeças partidas, feridos e mortos? Porque não passamos a contar também amores, alegrias, beijos, abraços, sorrisos, amigos? Porque não medimos também a vida pelo que sentimos de bom ao invés de contar somente maldades? Porque passamos a vida a pensar que somos espectadores e esquecemos que estamos no palco? Façamos como o poeta*, quando nos perguntarem que idade temos, vamos responder: “tenho três amigos, oito paixões, quatro tristezas, três grandes amores e dezenas de prazeres”. Prefiro ser a mão que pinta do que a tela em branco, a voz que canta do que a pauta com a melodia, a actriz do que a espectadora na minha vida.

Quantos anos tenho? Poucos mas bons amigos, uma paixão, um amor triste, um grande amor pequenino, um amor que procuro e nao encontro mas é grande e vem decerto de muito longe, cinco grandes saudades, e muitos muitos prazeres.

*Mário Quintana é o meu poeta

terça-feira, 20 de abril de 2010

A Lei de Murphy

Conhecem a lei de Murphy? Faz parte dum conjunto de leis epigramáticas (1) engraçadas e assustadoras. Mesmo que nunca tenham ouvido falar da Lei de Murphy (2), tenho a certeza de já a sentiram na pele! O que nos diz o seu enunciado é basicamente o seguinte:

"Quando uma coisa tem pelo menos cinquenta por cento de hipotese de correr mal, então é certo que vai correr mal!"

Ou seja, nada é tão ruim que não possa ficar pior. Tudo o que começa bem, acaba mal e o que começa mal, acaba... pior, certo?
A própria natureza está sempre a favor do erro. Estendemos a roupa com sol, cinco minutos depois, chove. Estendemos a toalha na areia da praia, dois minutos depois vem a setima onda.
Há sempre um grão de areia na engrenagem à nossa espera. Se estamos a ver a nossa equipa num jogo de futebol, é na hora do xixi que eles marcam o tão esperado golo. Se mudamos de fila no trânsito, a outra fila anda mais rápido. Se voltamos a mudar, então encrencam as duas.
Os técnicos de manutenção é que sabem bem como funciona a lei de Murphy. Depois de retirado o último parafuso da tampa de acesso ao equipamento, verificam que foi retirada a tampa errada. Depois que o ultimo parafuso da tampa do equipamento foi apertado, verificam que uma das peças do interior ficou do lado de fora. E porque é que o parafuso que cai dentro da máquina vai sempre para o canto mais inacessível?
Nas grandes empresas, sujeitas áquilo que todos nós conhecemos, (jogos de poder, cartões mais ou menos coloridos...) a lei de Murphy impera: todo o cargo tende a ser ocupado por um funcionário não qualificado para desempenhar essas funções. E a percentagem de veracidade da lei é directamente proporcional ao poder do cargo.
Ainda nas empresas, sabemos que se um documento é confidencial e nos está confiado, logo logo vai ficar esquecido na fotocopiadora. E quando estamos a treinar a nossa destreza com os botões do rato do computador com o ultimo jogo de cartas do Windows, há-de sempre entrar o director.
E que dizer das máquinas automáticas de café, quando decidem gozar connosco, como aquele meu colega de origem africana que um dia destes se queixava do racismo da máquina?
- 'Tás a ver? Até a máquina sabe que eu sou preto! Primeiro, deita o açucar, a seguir deita o café e só no fim é que cuspiu o copo.
Não é racismo, Zé, é a lei de Murphy!
No descanso das nosssas casas, não se iludam! A lei de Murphy também é lei! Todo o corpinho mergulhado na água perfumada da banheira, faz imediatamente tocar o telefone. E o novo vizinho, todo bom, só nos toca à porta a pedir um raminho de salsa quando o nosso namorado está em casa, certo?
A trajectoria do voo da rolha da garrafa de espumante encontra sempre um olho ou uma testa, não é?
A sopa não se importa se a camisa é Giorgio Armani ou da feira da ladra. Basta que esteja limpa e pronto. Caiu!
E quando nós olhamos na montra aquele vestido que tem mesmo a nossa cara e que andámos meses à procura? Pois é, já não há o nosso número.
Para não falar da visita à casa de pessoas cerimoniosas. A chance do pãozinho com manteiga que nos é oferecido cair no chão com o lado da manteiga virado para baixo é directamente proporcional ao valor, comercial e sentimental, do tapete dos donos da casa. E da nossa vergonha, claro!
Nunca há horas que cheguem num dia para tanta asneira! Mas há sempre muitos dias antes do sábado!
Mas pior do que a lei de Murphy, é a lei de Clark cujo enunciado é:

"Murphy era um optimista!"

E se por acaso se estão a sentir bem, não se preocupem que isso passa-vos! Sorriam que amanhã será pior...

(1) - Leis epigramáticas - enunciadas a partir de um sentimento ou idéia que, mesmo não sendo comprovada, alcança o status de lei como se de facto fosse verdadeira e normalmente são ditas em tom sarcástico e espirituoso.
(2) - John Murphy - engenheiro da força aerea norte-americana.

As manias dos homens

"As pernas de um homem devem ser tão longas que toquem o chão.", A mãe de Abraham Lincoln.

"E ele que não se esqueça de limpar os pés no tapete de entrada, que o chão acabou de ser lavado.", A minha avó Olívia.

Deve ser realmente uma questão de ADN. Como um jornalista (homem) já disse, os homens são mulheres avariadas. O cromossoma Y não é mais do que um cromossoma X que perdeu uma perninha e ficou avariado. Mas também, que diabo, não precisam fazer disso um handicap...

Porque é que os homens nunca fazem o que pedimos?
Porque não ouvem. A sério. Nós não temos um discurso directo e quando entramos no pedido real, depois do segundo intervalo, já eles estão a pensar noutra coisa.
Porque se esquecem. Facto cientificamente comprovado.
Porque não concordam com o que lhes é pedido e não querem dizer. Brindam-nos com o tradicional "Sim, querida" e ficamos à espera. Sentadas. Porque eles também adiam tudo. Eternamente.

Porque é que os homens nunca encontram o objecto que procuram?

Mesmo que o objecto ganhasse vida e saltitasse estridentemente à sua frente, esbracejando e gritando "Estou aqui! Estou aqui!", ainda assim tinham que nos perguntar por ele. Faz parte.

Porque é que os homens nunca levantam a tampa da sanita?

Esta é universal. Acho que nem eles sabem. E mesmo assim, porque é que não conseguem passar o aparelho do modo aspersor para o modo agulheta de forma a que o estrago seja mínimo? Bom, e coitada da mosca que tiver a ousadia de pousar na tampa da sanita... Da mosca e de quem for limpar a seguir.

Porque é que os homens têm de ser sempre os maiores no seu grupo?

Isso mesmo. Em tudo. Eu disse, em tudo!

Porque é que alguns homens não fazem a barba ao fim de semana?

Se é para deixarem crescer, enfim... De outra forma, é puro desleixo. Aproveitem também para aparar os pelinhos no nariz e nas orelhitas. Fica bem. Também é de bom tom, deitar fora o palito ou o fósforo que costuma andar ao canto da boca.

Porque é que alguns homens deixam crescer a unha do dedo mindinho?

Será para tocar guitarra? Para coçar o ouvido ou outra parte anatómica mais rotunda? Para tirar macacos do nariz no semaforo vermelho? Para tirar a carica da cerveja? Até podem ser engraçados, mas com um apêndice daqueles, benza-os Deus!
Ah, e já agora, por favor, lembrem-se de limpar as unhas, alguns parece que andam de luto. Não as cortem em publico, sobretudo com um canivete suiço. Please!!!!!

Porque é que os homens preferem andar perdidos do que perguntar o caminho?

Quando finalmente se decidem a perguntar, já estão perdidos no meio do deserto e não há vivalma à vista.

Porque é que alguns adolescentes masculinos adoptaram a moda das calças descidas até ao joelho com as boxers de ursinhos e corações à mostra?

Conseguem andar? E correr, podem? E já agora, querem saber de onde é que essa moda veio, querem?
Esta tendência nasceu nas prisões dos Estados Unidos. Os reclusos que estavam receptivos a relações sexuais com outros homens tiveram que inventar um sinal que passasse despercebido aos guardas prisionais para não sofreram consequências... Por isso, quem usasse calças descaídas por baixo do rabo estava somente a mostrar que estava disposto a ter sexo anal com outros homens... Cool, não?

Porque é que os homens se comportam como mentecaptos no trânsito?

Em especial se no outro veículo for uma mulher sozinha, a conduzir? Aceleram quando queremos mudar de faixa, descarregam a bateria a buzinar se alguem faz asneira, mas se alguém lhes apita por terem feito uma, apitam também de seguida? Porque é que olham com desdém o carro do lado se for de marca inferior ao deles e os ultrapassar?

Porque é que os homens adoram oferecer fio dental? (Não vou dizer a quem)

É óptimo para vestir dez minutos antes de fazer uma entrada triunfal no quarto. Mais nada. Já tentaram apanhar um objecto do chão com uma coisa daquelas vestidas? Correr? O fio dental consegue surpreender-nos onde menos esperamos. E que tal com uma saia num dia de ventania? Olá!


Porque é que adoram oferecer-nos as suas perguntas e respostas chavão, sem pensarem duas vezes no assunto?

- O que é que fizeste ao cabelo?

- Para mim tanto faz. São iguais.

- Está tudo sob controlo!

- Estás demasiado emocional, hoje!

E pérolas do genero. Isto são as forças de Van Der Valls (Lei do minimo esforço atomico) aplicadas aos neuronios?

Porque é que deixaram de ser cavalheiros?

Custa muito deixar-nos passar primeiro, abrir a porta do carro, ajudar-nos a vestir o casaco? Não se incomodem se protestarmos. Na verdade, fazem um brilharete e nós ficamos deliciadas.

Porque é que odeiam mulheres independentes?

Prova-o o facto de chamarem de cabra a uma mulher confiante, afirmativa e forte, em especial em caso de confronto. Se o mesmo acontecer com um homem, dizem que tem tomates, certo?

Porque é que medem a "inteligência" duma mulher conforme o tamanho dos seus atributos?

Os homens pensam que quanto maiores os seios duma mulher mais inteligente ela é. Na verdade, é exactamente o contrário: quanto maiores os seios duma mulher menos inteligentes ficam os homens.

Porque é que às vezes parecem saídos da pré-historia, exemplares unicos do Homo Stupidus Parvus Bestialis?

Ou explico. Ou melhor exemplifico:

Num jantar com 30 amigos:
- Olá! Com esse baton pareces a Angelina Jolie!
Homos Stupidus.

Numa conferência, sentado ao lado da infeliz cobaia:
- Olá! Por aqui? Olha, isto é uma seca! Não queres ir tomar um café?
- Não, obrigado. - O mais seco possível e sem olhar para o especimen para que perceba que está a incomodar.
- Olha, e se nos baldassemos durante a tarde? Conheço uns sítios lindissimos que gostaria de te mostrar!
Silêncio. A cobaia não tem palavras. Ficou atónita. O especimen procura olhar os dedos da cobaia.
- Mas diz lá, não respondes porquê? Tens dono?
A cobaia não se conteve.
- Não! Mas tenho coleira com pregos e mordo sem aviso! - E teve que mudar de lugar se quis ouvir o orador.
Homos Stupidus, Parvus.

Será que estes especimens se drogam com endorfinas e testosterona e as injectam com a seringa das farturas? Lá porque algumas de nós até acham mais graça ao lobo mau que ao caçador, não passem logo ao ataque e de boca aberta como quem vem para trincar. Alto e pára o tango!
Lá porque muitos de vós são adeptos das fast-relations, não venham para aí pensar que somos todas fast-food! Se querem chamar a atenção de alguém, sejam criativos, educados, inteligentes. Não nos enfiem a todas no mesmo saco. quem mistura pêras com morangos e limões não acaba com salada de frutas, mas com uma grande diarreia... mental.
Stupidus, Parvus, Bestialis!

A questão que se esconde por detrás da maioria destas perguntas (Não todas, obviamente) é qual é a escala que utilizamos para avaliar os homens. A quem vos comparamos e porque é que acaba sempre por vos faltar qualquer coisa? Porque comparamos os homens às mulheres. Mas não a todas, senão a uma. À mulher no seu melhor. E por isso acabam por perder, às vezes. Ponham as culpas no cromossoma avariado.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Por quem os sinos dobram


Nunca mais
Caminharás nos caminhos naturais.
Nunca mais te poderás sentir
Invulnerável, real e densa -
Para sempre está perdido
o que mais do que tudo procuraste
A plenitude de cada presença.
E será sempre o mesmo sonho, a mesma ausência.


Sophia de Mello Breyner,
Nunca mais




Desculpem. Hoje é a sério.
Ele era o miúdo mais giro do liceu e ela uma miúda apagada, entre a miríade de garotas adolescentes. Não fosse ser a mais inteligente de todas e a que tinha um futuro mais promissor, ele nem sequer teria olhado para ela duas vezes. Quando ficaram na mesma turma, ele percebeu que se estudasse com ela, ficasse ao seu lado nos testes e fizesse parte do seu grupo de trabalhos, faria a escola secundária com a maior das facilidades. Seguiram juntos para a universidade e para a vida. Nem os amigos dele percebiam porque é que permitia que aquela mosquinha morta o seguisse para todo lado, nem as amigas dela percebiam aquela paixão por um fulano que tinha os olhos virados para o umbigo e só gostava dele mesmo. Acabado o curso casaram, seguindo o que aparentemente parecia ser o rumo natural das suas vidas, mas que ninguém percebia. Um bom curso, um bom emprego, uma boa casa. A história acabaria aqui e nem sequer seria original. Mas não acabou.
A primeira vez que ele a atingiu, ela ficou a matutar no que poderia ter-lhe acontecido durante o dia. Desdramatizou o sucedido. Fora só uma bofetada sem consequências. Os dedos mal lhe tocaram. Talvez ele se tivesse chateado no emprego, talvez estivesse com dor de cabeça. Não merecia a pena empolar a situação. Quem sabe, fora somente uma cervejinha a mais. Não fora ele, claro! Fora o alcool. Ele não seria capaz de lhe levantar a mão. Quem ama não maltrata!
A segunda vez que a mão dele a atingiu em cheio na face, deixando-lhe um rasto de fogo e dor na pele, ela ficou a matutar no que pudera ter feito para lhe provocar tamanha ira. Quem sabe, por ter ajudado os miúdos a tomar banho, ou o jantar tivesse ficado cozinhado demais e sem sabor. Talvez ele se tivesse sentido posto de parte por ela ter conversado com a mãe ao telefone mais cinco minutos do que na semana anterior. Ou então, seria por se ter esquecido de lhe pregar o botão das calças que ele queria exactamente vestir nesse dia e não nenhum dos outros cinco pares pendurados no roupeiro. Ou a nódoa que não saiu da t-shirt depois do último jantar com os amigos dele no sábado à noite, e que ela não se lembrou de esfregar à mão. Tudo por culpa dela. Tinha de estar mais atenta. Aquilo fora concerteza uma chamada de atenção, como se ela fosse uma garota da escola que precisasse de castigo por não ter feito os trabalhos de casa. Quem ama educa!
À terceira vez, o sangue escorreu-lhe pelo nariz e salpicou o tapete, os filhos choraram agarrados às suas pernas e ela ficou a matutar no porquê sem encontrar uma razão. Contou á mãe. A mãe aconselhou-a a não dizer nada, a fazer de conta que nada sucedera e a ser mais amorosa com ele. Os homens tinham dessas coisas. E às mulheres cabia compreender. Não, não se contava fora de casa o que acontecia entre marido e mulher! Que vergonha! O que é que as pessoas iam pensar? Que ela não sabia cuidar da casa, dos filhos, do marido? Trabalhava fora pois sim, como todas as outras, isso que tinha? Ela tinha um curso superior, era jovem e bonita e bem cotada profissionalmente, mas em casa era apenas uma mulher e esposa e tinha de se comportar como tal. O pai fizera o mesmo em determinada altura da sua vida. Depois passara-lhe. Fora uma fase. Ela ia ver que as coisas haveriam de melhorar. Só tinha que ser mais cuidadosa e... Boca fechada! Quem ama não conta!
Da quarta vez, ela nem se preocupou em encontrar uma razão. Apenas procurou encontrar uma boa desculpa para justificar as nódoas negras e a costela partida aos seus amigos e colegas de trabalho. Uma amiga deu-lhe um cartão com um número de telefone, discretamente e com um sorriso cúmplice. Ela olhou o número, telefonou e quando a voz do outro lado anunciou o nome da entidade para quem ligara, ela simplesmente desligou o telefone furiosa e incomodada. Que disparate! Ela lá precisava de ajuda? Tinha um bom emprego, ganhava bem, era culta e inteligente. Valia-se a si própria. Não precisava da ajuda de ninguém, muito menos dum grupo de mulheres que apregoava ao resto do mundo os maltratos dos maridos, companheiros, namorados. Era só uma fase. Ela não era nenhuma mulher maltratada, nem desvalida. Aquilo ia passar. Quem ama perdoa!
Da quinta vez que aconteceu, já estava habituada. É incrível o tipo de coisas a que o ser humano se habitua! Seria amor? Seria preguiça da sua parte? Acomodação? Medo? Sabia lá! Acordou no hospital. Mais costelas partidas, um pneumatorax ligeiro, o nariz quase desfeito. Uma das enfermeiras não acreditou na sua desculpa de ter caído pela escada. Era uma desastrada e distraída e ainda não aprendera a andar de saltos altos.
- Está bem. Então antes de aprender a andar de saltos altos, e antes que se mate, telefone a quem a possa ajudar a aprender a caminhar. - Disse a enfermeira com preocupação. Já tinha visto tantas mulheres assim! Umas voltavam para casa e regressavam, ano após ano, mês após mês, dia após dia. Outras já não regressavam. Entravam directamente para a cave, um corredor mal iluminado e a cheirar a formol e desinfectante, e ficavam ali deitadas numa cama de aço, um lençol por cima a tapar o corpo massacrado e uma etiqueta no dedo grande do pé. Ela encolheu os ombros. Quem ama não mata!
Da sexta vez, ela tapou a cabeça com as mãos e encolheu-se quieta num canto, esperando que a fúria dele se esgotasse. O sangue jorrou-lhe do nariz, dos ouvidos, até dos olhos. Nunca pensara que o seu corpo conseguisse aguentar tanta dor. O cérebro parecia ter-se diluído com as pancadas, encurralado entre uma caixa cerebral que estalava a cada soco. Quem ama... Quem não faz o quê?
Não houve uma sétima vez. Entrou no hospital já coberta por um saco de plástico grosso com fecho. Seguiu para o corredor mal iluminado. Ficou em paz e sossego numa cama de aço a engrossar as estatísticas.
À Joana. Amor mata!
 


O Estado das coisas (nos media):
«[...] Jornalista: Na sua opinião, uma mulher agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?
Monsenhor LG: Depende do grau da agressão.
Jornalista: O que é isso do grau da agressão?
Monsenhor LG: Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos.
Jornalista: Então reformulo a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?
Monsenhor LG: Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não [...]»
(Monsenhor Luciano Guerra, Reitor do Santuário de Fátima; entrevista ao DN, 6.10.2007)

Eu não comento. Só pergunto: alguém me sabe explicar o que é isso do amor com intermitência? Hoje amo-te, amanhã bato-te e depois de amanhã volto a amar-te se não me apetecer voltar a bater-te?

Actualmente registam-se cerca de 76 queixas diárias de maus tratos, violência doméstica por dia. POR DIA! São cerca de 3 queixas por hora. Ou seja, a cada 20 minutos, alguém é agredido e apresenta queixa. E os outros? Os que se calam? Quantos são?

Linha telefónica de informação ás vítimas de violência doméstica: 800 202 148
Onde pode apresentar queixa?
APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima
NMUME - Núcleo Mulher e Menor, Guarda Nacional Republicana
Posto da GNR
Esquadra da PSP
Polícia Judiciária
Ministério Público
Ministério da Administração Interna (Pode apresentar queixa por via electrónica)
Instituto de Medicina Legal (Lisboa, Coimbra e Porto)
Gabinetes Médico-Legais a funcionarem nos Hospitais


As manias das mulheres

Primeiro as senhoras. Que é para os homens não protestarem já:
- O quê? Nós outra vez?
Isto, aviso eu, é pura estratégia feminina.

Porque é que as mulheres falam tanto?

Uma pesquisa realizada nos EU (Muito pesquisam eles!) mostrou que os homens usam por dia um mínimo de 1500 palavras e as mulheres o dobro. No congresso onde este estudo foi apresentado, uma mulher levantou-se e tentou justificar-se:
- É natural que falemos mais. Invariavelmente temos de repetir o que dissémos para os homens nos entenderem.
E o orador perguntou:
- Como assim?

Porque é que as mulheres usam malas que parecem baús ou a bagageira do carro do meu tio Isaac?

Carteira. Porta-moedas que as moedinhas são mais que muitas e têm de ter estojo próprio senão rompem a carteira. Bloco-notas. Canetas, não vá uma deixar de escrever, há que ter pelo menos duas. Lenços de papel, mais do que maço faz sempre jeito. Perfume. Baton (pessoalmente sem este item sinto-me meio despida). Rimel. Blush. Pente. Livro ou revista. Chaves (da casa, da casa dos pais, da casa do namorado, do carro, da arrecadação, do gabinete, da gaveta do cemitério...). Pen. Uma série de papéis do Multibanco e do supermercado.
No mínimo.

Porque é que as mulheres vão em bando à casa-de-banho?

Ora, para além do óbvio, vão obviamente falar dos seus homens. Ah, pois vão! Comentar o que os seus acompanhantes fizeram ou disseram, contar que o loiro giro com ar de pirata do bar não tira os olhos dela, enfim, essas coisas. Ao contrário dos homens que calam pormenores sórdidos das suas mulheres (será?), estes são os primeiros segredos que as mulheres trocam umas com as outras. É no WC que se dão conselhos, se enxugam lágrimas, se destroem relações, se trocam experiências e batons e se dá um toque no penteado novo da amiga.
Claro que também costumamos ir em bando por solidariedade. Invariavelmente não há onde pendurar a mala e... Oh incúria, oh infortúnio, oh desdita! O papel higiénico acabou no mês passado. Uma amiga salva sempre estas situações. Estão a ver agora a necessidade das paletes de lenços de papel na mala?
Enquanto isso, o príncipe-sapo e o sapo-príncipe fazem xixi, esperam, sopram, olham o tecto e um deles ainda tem tempo de ler poesia de Neruda.
Hem??? O que é que eu escrevi? Lê Neruda? E onde anda esse espécimen raro? Onde?

Porque é que as mulheres gastam tanto dinheiro em lingerie?

Desiludam-se. Não é para que os olhos dos homens saiam das órbitas, não. É porque dá um tremendo prazer sabermos que debaixo da camisola de lã, velha e confortável, está uma obra de arte artificial suportando obras de arte da natureza. Faço minhas as palavras que ouvi um médico comentar com um seu colega sobre uma sua paciente das urgências:
- Não há nada mais triste do que uma mulher com umas cuecas rotas ou um soutien velho e desbotado!

Porque é que as mulheres usam decotes e saias curtas?

E passam a vida a puxar o decote para cima e a saia para baixo? Pois, de facto eu não tenho resposta para tudo, mas ou assumem ou não usam. Não é sensual (gosto mais do sensual que de sexy) andarem constantemente a mexer num e noutro, porque se percebe que não estão à vontade.

Porque é que as mulheres substituem um elogio por um comentário negativo?

Casados há vionte anos. O Manel chega a casa com um bouquet de malmequeres.
A Maria, esconde o espanto e a felicidade e comenta:
- Ena! O que é que te deu? Estás doente ou quê?

Porque é quas mulheres consideram o futebol um rival?
Não seria pior para os nossos egos se eles desatassem a ver todos os filmes da Angelina Jolie?

Porque é que as mulheres falam mal dos homens?

Quando eles tentam ajudar e nós continuamos com a mania de que temos de os ensinar para que as coisas saiam como achamos que devem sair? Porque é temos sempre de os comparar com seres perfeitos? Claro que quando uma mulher avalia um homem está sempre a compará-lo com o ser mais perfeito que conhece, que é ela própria.
Deixem fazer! Caso contrário, se forem logo catalogados com a categoria de sub-inútil nunca mais voltarão a tentar.

Porque é que as mulheres são umas cabras umas para as outras?

Os homens entre eles tratam-se abaixo de cão. Com nomes que se as avós deles ouvissem, os habilitava a terem pimenta na língua ou irem à igreja meter a língua na água benta.
- Então, meu grande cab... O que tens feito da put... da vida, meu?
- Eh, FDP, 'tás mais gordo meu!
Quando se despedem e vai cada um para seu lado, comentam sozinhos:
- Eh, pá, gosto mesmo deste gajo!
Não é por mal, é camaradagem.
As mulheres?
Amiga 1: - Achas que este vestido me faz mais gorda, querida?
Amiga 2: - Não! Que disparate! Até te faz mais elegante e realça-te a cor do cabelo.
E enquanto a amiga 1 vai toda lampeira pagar a sua nova aquisição, a amiga 2 comenta entre dentes:
- Realça-te a cor do cabelo oxigenado com raízes pretas à mostra, as banhas e o cu de prateleira... Gorda!

Ah, os homens sorriem? Já lá vamos!